Existe uma parte de nós que deve estar sempre alerta, esta parte incrivelmente está ativa, mas nós estamos constantemente adormecidos e não percebemos que o véu da ilusão impede nossa percepção de tal poder de autoconhecimento. É necessário astúcia para afastar o véu da ilusão.
Este Alerta faz parte de nossa consciência evoluída e madura, tem como função nos ajudar a recuperar nossa unidade.
O Alerta é uma emanação de nosso Irrestrito Ser. Estar Alerta é parte de nossa missão, neste exercício encontramos maior facilidade de aceitar todas as partes de nós mesmos e de trazê-las a superfície da consciência. Inclua como parte de nosso ser todos os aspectos que recalcamos, que escondemos nas “caixinhas” de nosso inconsciente, também inclua a Máscara, a Sombra, o que nos separa do Ser e o próprio Ser. Enquanto não forem perceptíveis, continuarão sendo parte de nós mesmos, ignoradas e inconsciente. É possível percebê-los estando Alerta.
Quando estamos alerta, percebemos que este é nosso melhor amigo, pois ele nos mostra tudo sob um novo prisma, sob um novo olhar. É aquele que tudo vê, que nada passa despercebido, e, no entanto nada julga. É a testemunha afável e benevolente de nossos íntimos contrassensos, é detentor das qualidades de desígnio e de distanciamento, assim como de amor e de clemência. Não faz querela entre o bem e o mal, pois aceita tudo o que está na consciência. O Alerta é residente inabalável do agora. Existe no presente.
“Para de ficar lendo supostas escrituras sagradas que nada têm a ver comigo. Se não podes me ler num amanhecer, numa paisagem, no olhar de teus amigos, nos olhos de teu filhinho… Não me encontrarás em nenhum livro! Confia em mim e deixa de me pedir. Tu vais-me dizer como fazer meu trabalho?”
(Spinoza)

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